22.1.05
Reconsideração de Opinião
No texto anterior que aqui publiquei, falei de forma talvez demasiado severa sobre o caso da excessiva atenção, a meu ver, obviamente, dada ao filósofo José Gil, por parte da Comunicação Social. Admito, agora, que talvez o excessivo tenha estado do meu lado.
Mantenho, todavia, que a entrevista de José Gil à revista do Público, do passado domingo, carece de objectividade, de concretização, naquilo que pretende exprimir : um desencanto perante a actual vida social dos portugueses, que o autor atribui ao medo que ainda subsiste do tempo da Ditadura de Salazar. Coisa esquisita, se nos lembrarmos que voltámos a viver em liberdade, em 25 de Abril de 1974, e assim temos vivido desde então.
Depois daquela primeira entrevista, o coro de elogios que ouvi da Comunicação Social também me desagradou, porque cada vez mais coisas deste tipo, me soam a mimetismo cultural e ao mero desejo de não querer passar por dissonante.
Sempre que vejo alguém insistir na pesada herança, tanto tempo passado da saída de Salazar do Governo, no longínquo Verão de 1968, acho algo forçado, falho de imaginação e o citado autor, vezes de mais, repisa este tema. Pouco adiantaremos na compreensão das causas do nosso mal-estar, se continuarmos a explorar esse apagado trilho.
Creio que é mais que tempo de deixarmos de culpar Salazar pelos males de que hoje padecemos e antes questionar quem nos tem governado e orientado desde que aquele desapareceu. Algumas referidas chagas dos nossos persistentes males vemo-las hoje até agravadas.
Com efeito, em plena democracia, já outra vez adulta, maior de 21 anos, e depois de termos entrado na União Europeia, em Janeiro de 1986, descobre-se que nunca em Portugal se dedicaram tantas horas de atenção ao Futebol, que é bebido e sorvido nos canais televisivos, nos jornais diários, semanários, generalistas ou ditos de Desporto, que, na prática, quase só tratam de futebol, nas rádios, pública e privadas, em programas intermináveis, horas a fio, a desbobinar banalidades, inutilidades e outras inanidades verbais, sem aparente cansaço dos intervenientes nem dos patrocinadores. Perguntar-se-á se crêem que isso se passe por influência, ainda que oculta e distante, de um omnipotente Salazarismo, ainda que sem Salazar.
Curiosamente, diziam antigamente os intelectuais que era o Salazar que fomentava o interesse do futebol, para promover a alienação, subentendia-se, política e cultural, do povo português, que, assim mesmo, se tornava mais dócil de domar e incapaz de procurar uma alternativa ao regime político de então.
A par disso, o gosto do Fado, cantado de forma dolente, com letras fatalistas, reforçava essa mesma alienação, que, por seu turno, gerava o pretendido sentimento de conformação com a situação de falta de liberdade, como se tudo isso fora uma assumida forma de expiação de algum crime ou condenação colectiva, que tivesse atingido a antiga Nação, de bravos marinheiros e valentes guerreiros, aquela que outrora se batera nos campos de Aljubarrota e embarcara nas Naus e Caravelas, para desbravar esse imenso mar oceano que se perfilava ante seus ansiosos olhos. ( Esta contradição merece ser retomada noutra instância).
Entretanto, com este sentimento ambíguo, a respeito de José Gil, acontece que, a meio da semana, comprei o Jornal de Letras e nele encontro novo grande destaque a mais uma entrevista de JG, coisa que já me causava algum incómodo, pela sistemática referência elogiosa. Desta vez, porém, já me agradou mais o discurso de JG. Há mais objectividade nas suas afirmações e perde menos tempo com as sequelas do salazarismo, apesar de ainda lhes fazer referência.
Algumas suas observações acho-as certeiras, como a de que quase não há debate em Portugal : as pessoas conversam pouco sobre temas importantes e demasiado sobre futilidades, nomeadamente, sobre o futebol, que se tornou um tema esmagador de conversas informais entre nós. Isto, de facto, revela pouca imaginação, escasso interesse cultural ou puro receio de patentear opiniões ou crenças particulares, o que traduz também sentimento difuso de insegurança. Neste pormenor, há um incompreensível mistério que leva as pessoas a desaproveitar o ambiente de liberdade democrática e institucional em que há mais de trinta anos vivemos.
Esta última entrevista de JG ao Jornal de Letras tem passagens muito estimulantes, que justificarão várias exegeses futuras, algumas que até, aqui mesmo, procurarei desenvolver, nomeadamente, quando toca em temas como o paganismo muito presente na sociedade portuguesa, que, tradicionalmente, consideramos inequivocamente católica, a aparente falta de vocação dos portugueses para a Matemática, que JG atribui à nossa preferência pelo saber de síntese, em oposição ao de análise, coisa que fugimos de praticar, até ao tema da possibilidade de Portugal vir a desaparecer, como entidade cultural autónoma.
Este último parece-me deveras oportuno e muito necessário de reflectir, no momento que passa, dentro do enquadramento político e económico em que escolhemos viver, ao aderir à União Europeia, ainda que sem consulta específica ao povo para tão importante decisão histórica. Bem sei que, na altura, quase todos os Partidos a aprovavam, sendo de presumir o resultado positivo da afirmação popular. No entanto, julgo que a natureza da decisão justificava a consulta expressa do povo.
Valeria a pena aprofundar esta questão magna da nossa idiossincrasia, porque se trata de algo repetitivo, cíclico, na nossa História e que subitamente se agravou nos últimos anos, com o europeísmo inebriante das nossas elites elegantes e apressadas, nas suas constantes viagens de avião entre aeroportos cosmopolitas, a par de um reciclado iberismo, que desponta em certos meios, animado por equívocos culturais, protagonizados por quem desvaloriza o que profundamente desconhece.
Simultaneamente, retomei a leitura do livro « Portugal, Hoje – O Medo de Existir » de José Gil, que ganhou em mim um novo e surpreendente interesse, depois da primeira rápida e negativa impressão que ele me causara. Por vezes, as primeiras impressões induzem-nos em erro, porque precipitadamente formamos uma opinião, ditada por alheios e laterais factores, que, inevitavelmente, desfocam o objecto da nossa apreciação.
Creio que devia a mim mesmo e a quem me tivesse lido a rectificação que agora aqui submeto a julgamento geral.
Repetita iuvant / As coisa repetidas agradam ( nem todas, claro. )
AV_Lisboa, 22 de Janeiro de 2005
Mantenho, todavia, que a entrevista de José Gil à revista do Público, do passado domingo, carece de objectividade, de concretização, naquilo que pretende exprimir : um desencanto perante a actual vida social dos portugueses, que o autor atribui ao medo que ainda subsiste do tempo da Ditadura de Salazar. Coisa esquisita, se nos lembrarmos que voltámos a viver em liberdade, em 25 de Abril de 1974, e assim temos vivido desde então.
Depois daquela primeira entrevista, o coro de elogios que ouvi da Comunicação Social também me desagradou, porque cada vez mais coisas deste tipo, me soam a mimetismo cultural e ao mero desejo de não querer passar por dissonante.
Sempre que vejo alguém insistir na pesada herança, tanto tempo passado da saída de Salazar do Governo, no longínquo Verão de 1968, acho algo forçado, falho de imaginação e o citado autor, vezes de mais, repisa este tema. Pouco adiantaremos na compreensão das causas do nosso mal-estar, se continuarmos a explorar esse apagado trilho.
Creio que é mais que tempo de deixarmos de culpar Salazar pelos males de que hoje padecemos e antes questionar quem nos tem governado e orientado desde que aquele desapareceu. Algumas referidas chagas dos nossos persistentes males vemo-las hoje até agravadas.
Com efeito, em plena democracia, já outra vez adulta, maior de 21 anos, e depois de termos entrado na União Europeia, em Janeiro de 1986, descobre-se que nunca em Portugal se dedicaram tantas horas de atenção ao Futebol, que é bebido e sorvido nos canais televisivos, nos jornais diários, semanários, generalistas ou ditos de Desporto, que, na prática, quase só tratam de futebol, nas rádios, pública e privadas, em programas intermináveis, horas a fio, a desbobinar banalidades, inutilidades e outras inanidades verbais, sem aparente cansaço dos intervenientes nem dos patrocinadores. Perguntar-se-á se crêem que isso se passe por influência, ainda que oculta e distante, de um omnipotente Salazarismo, ainda que sem Salazar.
Curiosamente, diziam antigamente os intelectuais que era o Salazar que fomentava o interesse do futebol, para promover a alienação, subentendia-se, política e cultural, do povo português, que, assim mesmo, se tornava mais dócil de domar e incapaz de procurar uma alternativa ao regime político de então.
A par disso, o gosto do Fado, cantado de forma dolente, com letras fatalistas, reforçava essa mesma alienação, que, por seu turno, gerava o pretendido sentimento de conformação com a situação de falta de liberdade, como se tudo isso fora uma assumida forma de expiação de algum crime ou condenação colectiva, que tivesse atingido a antiga Nação, de bravos marinheiros e valentes guerreiros, aquela que outrora se batera nos campos de Aljubarrota e embarcara nas Naus e Caravelas, para desbravar esse imenso mar oceano que se perfilava ante seus ansiosos olhos. ( Esta contradição merece ser retomada noutra instância).
Entretanto, com este sentimento ambíguo, a respeito de José Gil, acontece que, a meio da semana, comprei o Jornal de Letras e nele encontro novo grande destaque a mais uma entrevista de JG, coisa que já me causava algum incómodo, pela sistemática referência elogiosa. Desta vez, porém, já me agradou mais o discurso de JG. Há mais objectividade nas suas afirmações e perde menos tempo com as sequelas do salazarismo, apesar de ainda lhes fazer referência.
Algumas suas observações acho-as certeiras, como a de que quase não há debate em Portugal : as pessoas conversam pouco sobre temas importantes e demasiado sobre futilidades, nomeadamente, sobre o futebol, que se tornou um tema esmagador de conversas informais entre nós. Isto, de facto, revela pouca imaginação, escasso interesse cultural ou puro receio de patentear opiniões ou crenças particulares, o que traduz também sentimento difuso de insegurança. Neste pormenor, há um incompreensível mistério que leva as pessoas a desaproveitar o ambiente de liberdade democrática e institucional em que há mais de trinta anos vivemos.
Esta última entrevista de JG ao Jornal de Letras tem passagens muito estimulantes, que justificarão várias exegeses futuras, algumas que até, aqui mesmo, procurarei desenvolver, nomeadamente, quando toca em temas como o paganismo muito presente na sociedade portuguesa, que, tradicionalmente, consideramos inequivocamente católica, a aparente falta de vocação dos portugueses para a Matemática, que JG atribui à nossa preferência pelo saber de síntese, em oposição ao de análise, coisa que fugimos de praticar, até ao tema da possibilidade de Portugal vir a desaparecer, como entidade cultural autónoma.
Este último parece-me deveras oportuno e muito necessário de reflectir, no momento que passa, dentro do enquadramento político e económico em que escolhemos viver, ao aderir à União Europeia, ainda que sem consulta específica ao povo para tão importante decisão histórica. Bem sei que, na altura, quase todos os Partidos a aprovavam, sendo de presumir o resultado positivo da afirmação popular. No entanto, julgo que a natureza da decisão justificava a consulta expressa do povo.
Valeria a pena aprofundar esta questão magna da nossa idiossincrasia, porque se trata de algo repetitivo, cíclico, na nossa História e que subitamente se agravou nos últimos anos, com o europeísmo inebriante das nossas elites elegantes e apressadas, nas suas constantes viagens de avião entre aeroportos cosmopolitas, a par de um reciclado iberismo, que desponta em certos meios, animado por equívocos culturais, protagonizados por quem desvaloriza o que profundamente desconhece.
Simultaneamente, retomei a leitura do livro « Portugal, Hoje – O Medo de Existir » de José Gil, que ganhou em mim um novo e surpreendente interesse, depois da primeira rápida e negativa impressão que ele me causara. Por vezes, as primeiras impressões induzem-nos em erro, porque precipitadamente formamos uma opinião, ditada por alheios e laterais factores, que, inevitavelmente, desfocam o objecto da nossa apreciação.
Creio que devia a mim mesmo e a quem me tivesse lido a rectificação que agora aqui submeto a julgamento geral.
Repetita iuvant / As coisa repetidas agradam ( nem todas, claro. )
AV_Lisboa, 22 de Janeiro de 2005
Comments:
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Parece-me que no livro J.G. admite o medo vir mais de trás. Sobre isso refere opinião do historiador J.Mattoso. Convém ler os textos basicos antes de escrever sobreb eles.
Gostaria de me pronunciar sobre um aspecto aqui referido e que igualmente me preocupa, que é o facto de quase não haver debate em Portugal e de as pessoas conversarem pouco sobre temas importantes e demasiado sobre futilidades.
Na verdade, Portugal é um país sem vida intelectual. As razões para isto podem ser várias. A minha opinião é a de que tal característica lamentável se deve ao facto de a nossa sociedade ser excessivamente estatizada. Em Portugal existe uma percentagem excessiva de cargos de nomeação política e partidária, na dependência dos quais se encontram muitos outros, preenchidos por uma quantidade muito significativa de portugueses, quer na função pública, quer em empresas com participação do Estado, nas quais, ainda que privatizadas a 50% ou mais, o Governo continua a mandar a 100%.
A grande maioria das pessoas que ocupam cargos de chefia nestas organizações tem apenas de dar garantias de fidelidade ao "lobby" em que se insere. Mostrar opinião própria constitui um risco. Por isso, independentemente de eventuais competências, estas pessoas ou são incapazes ou perdem o hábito de manifestar a sua opinião acerca do que quer que seja. O mais usual é revelarem uma pose distante, por vezes arrogante, que pretende traduzir a idoneidade e a competência que na maior parte das vezes lhes falta. Pessoas com estas características não estão dispostas a ouvir opiniões dos subordinados, nem estão preparadas para compreender ou para pensar no mundo à sua volta. Apenas a manutenção do cargo lhes importa.
A quantidade de portugueses que se habituou a não opinar sobre nada, para além das futilidades, é enorme. Não será demais dizer-se que a maioria dos portugueses vive num estado latente de inibição, ressentimento ou cobardia intelectual. Esta situação tem os seus custos. Nenhum cobarde gosta de si próprio, quanto mais dos outros. Assim, não surpreende que, a par da inexistência de vida intelectual no país, exista também uma notória falta de respeito dos portugueses uns pelos outros. No contacto pessoal, uma certa dose de hipocrisia, a que se chama abusivamente "educação", permitirá disfarçar essa falta de respeito mútuo, mas nas estradas, em que cada um se encontra isolado, encerrado na sua máquina, é fácil observar como ninguém respeita ninguém.
Para além de uma redução drástica dos cargos políticos, aqueles que os vão preencher têm de ser seleccionados com muito cuidado. Há regras mínimas a impor aos candidatos a cargos políticos, quer de eleição directa, quer de nomeação. Não basta exigir a idade de 35 anos a um candidato à presidência da República. Ninguém deveria entrar no Parlamento, ser ministro, ou ocupar outros cargos políticos, sem atingir os 30 anos de idade e sem ter pelo menos 5 anos de actividade profissional.
As juventudes partidárias constituem alfobres de políticos que nunca chegam a desenvolver qualquer outra actividade profissional e não deveriam ser encorajadas como órgãos autónomos dentro dos partidos. Também a eleição directa dos dirigentes partidários seria mais aconselhável do que a eleição por intermédio de colégios de delegados, em que se tornam propícios os arranjos prévios e se perpetuam os "lobbies" mais persistentes e frequentemente constituídos por pessoas de inferior extracção moral e intelectual.
A independência individual constitui uma condição necessária para que as pessoas não receiem manifestar a sua opinião. Mas, enquanto houver uma tão forte presença do Estado, não será possível esperar o florescimento de uma vida intelectual no país e o estabelecimento de debates sinceros sobre outras matérias que não as futilidades.
Na verdade, Portugal é um país sem vida intelectual. As razões para isto podem ser várias. A minha opinião é a de que tal característica lamentável se deve ao facto de a nossa sociedade ser excessivamente estatizada. Em Portugal existe uma percentagem excessiva de cargos de nomeação política e partidária, na dependência dos quais se encontram muitos outros, preenchidos por uma quantidade muito significativa de portugueses, quer na função pública, quer em empresas com participação do Estado, nas quais, ainda que privatizadas a 50% ou mais, o Governo continua a mandar a 100%.
A grande maioria das pessoas que ocupam cargos de chefia nestas organizações tem apenas de dar garantias de fidelidade ao "lobby" em que se insere. Mostrar opinião própria constitui um risco. Por isso, independentemente de eventuais competências, estas pessoas ou são incapazes ou perdem o hábito de manifestar a sua opinião acerca do que quer que seja. O mais usual é revelarem uma pose distante, por vezes arrogante, que pretende traduzir a idoneidade e a competência que na maior parte das vezes lhes falta. Pessoas com estas características não estão dispostas a ouvir opiniões dos subordinados, nem estão preparadas para compreender ou para pensar no mundo à sua volta. Apenas a manutenção do cargo lhes importa.
A quantidade de portugueses que se habituou a não opinar sobre nada, para além das futilidades, é enorme. Não será demais dizer-se que a maioria dos portugueses vive num estado latente de inibição, ressentimento ou cobardia intelectual. Esta situação tem os seus custos. Nenhum cobarde gosta de si próprio, quanto mais dos outros. Assim, não surpreende que, a par da inexistência de vida intelectual no país, exista também uma notória falta de respeito dos portugueses uns pelos outros. No contacto pessoal, uma certa dose de hipocrisia, a que se chama abusivamente "educação", permitirá disfarçar essa falta de respeito mútuo, mas nas estradas, em que cada um se encontra isolado, encerrado na sua máquina, é fácil observar como ninguém respeita ninguém.
Para além de uma redução drástica dos cargos políticos, aqueles que os vão preencher têm de ser seleccionados com muito cuidado. Há regras mínimas a impor aos candidatos a cargos políticos, quer de eleição directa, quer de nomeação. Não basta exigir a idade de 35 anos a um candidato à presidência da República. Ninguém deveria entrar no Parlamento, ser ministro, ou ocupar outros cargos políticos, sem atingir os 30 anos de idade e sem ter pelo menos 5 anos de actividade profissional.
As juventudes partidárias constituem alfobres de políticos que nunca chegam a desenvolver qualquer outra actividade profissional e não deveriam ser encorajadas como órgãos autónomos dentro dos partidos. Também a eleição directa dos dirigentes partidários seria mais aconselhável do que a eleição por intermédio de colégios de delegados, em que se tornam propícios os arranjos prévios e se perpetuam os "lobbies" mais persistentes e frequentemente constituídos por pessoas de inferior extracção moral e intelectual.
A independência individual constitui uma condição necessária para que as pessoas não receiem manifestar a sua opinião. Mas, enquanto houver uma tão forte presença do Estado, não será possível esperar o florescimento de uma vida intelectual no país e o estabelecimento de debates sinceros sobre outras matérias que não as futilidades.
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